Assédio Moral – Sipat Show

Antes de qualquer coisa, é importante que entendamos o que é o assédio moral e como ele se caracteriza no ambiente de trabalho.

A maioria das pessoas acredita que o assédio moral se resume a ameaças, piadas, insultos e outros tipos de constrangimento.

No entanto, práticas como orientações imprecisas para a execução do trabalho, sobrecarga de funções, cobranças de metas excessivas, isolamento do funcionário e até restrições quanto ao uso do banheiro, podem ser consideradas assédio moral.

Portanto, assédio moral é a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.

São muito mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e sem simetrias, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e antiéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-a a desistir do emprego.

Geralmente, a vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, sempre a julgam culpada e se torna desacreditada diante dos colegas de trabalho.

Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados, bem como o estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, frequentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho.

Dessa forma, instauram o pacto da tolerância e do silêncio no coletivo, enquanto a vítima vai gradativamente se desestabilizando e ficando fragilizada, de modo a perder sua autoestima.
Em geral, para que o assédio moral seja reconhecido, é necessário que a conduta seja repetitiva, funcionando como uma espécie de perseguição.
Logo, a situação deve ser praticada mais de uma vez pelo assediador. No entanto, sempre é necessário avaliar cada caso concreto.

As manifestações do assédio segundo o gênero:

Com as mulheres: são vários os tipos de controle, que visam intimidar, submeter, proibir a fala, interditar a fisiologia, controlando tempo e frequência de permanência nos banheiros. Ataques transfóbicos também são comuns.
Geralmente, os assediadores relacionam os atestados médicos e faltas à suspensão de cestas básicas ou promoções.

Com os homens: atingem a virilidade, principalmente.

Em suma, na prática, a “criatividade” dos assediadores supera essas descrições e exemplos.
Por isso, é importante que o trabalhador ou trabalhadora sempre consulte um advogado trabalhista, que poderá lhe esclarecer se a situação vivenciada pode configurar ou não assédio moral.

fonte: Sipat Show

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